De acordo com Alexandre Costa Pedrosa, TDAH tornou-se uma das discussões mais relevantes no campo da neurodiversidade, especialmente quando observamos como adultos e crianças convivem diariamente com esse padrão de funcionamento cerebral. O conceito de falta de atenção é, muitas vezes, baseado em interpretações equivocadas. Neste artigo, você entenderá o que realmente é o TDAH, como o superfoco influencia comportamentos, por que há tantos mitos sobre o tema e quais estratégias ajudam a transformar esse potencial em produtividade.
Por que o TDAH é tão mal compreendido?
O TDAH é frequentemente associado à incapacidade de manter atenção ou concluir tarefas, mas essa visão é limitada. Pessoas com o transtorno possuem variações significativas no funcionamento da atenção, alternando entre momentos de dispersão e períodos de foco intenso. Esse padrão gera interpretações equivocadas, que levam muitas vezes à desvalorização das habilidades individuais. Segundo Alexandre Costa Pedrosa, o problema não está na ausência de foco, mas na dificuldade em regulá-lo, especialmente em situações pouco estimulantes.
O superfoco é uma característica marcante em pessoas com TDAH e ocorre quando o cérebro se concentra profundamente em uma atividade específica, bloqueando distrações externas. Durante esses períodos, o desempenho pode ser excepcional, com grande atenção aos detalhes e produtividade elevada. Entretanto, o superfoco pode se tornar um desafio quando direcionado a interesses imediatos, em detrimento de obrigações prioritárias. Entender e gerir o superfoco é essencial para transformar uma característica natural em um ponto de força.
Por que o TDAH não deve ser confundido com desinteresse?
Muitos interpretam a falta de atenção como sinal de desinteresse, mas isso está distante da realidade. Pessoas com TDAH podem se dedicar intensamente a atividades que despertam motivação, mas têm dificuldade em iniciar ou manter tarefas consideradas monótonas e pouco estimulantes. Isso cria a falsa impressão de que não se importam. No entanto, como aponta Alexandre Costa Pedrosa, o TDAH está relacionado a mecanismos neurológicos específicos e não à falta de vontade.

Entre os mitos mais frequentes está a ideia de que o transtorno é consequência de má educação, preguiça ou excesso de tecnologia. Esses equívocos ignoram amplas evidências científicas que comprovam sua origem neurobiológica. Outro equívoco comum é acreditar que o TDAH desaparece na vida adulta, quando, na verdade, muitos adultos continuam apresentando sintomas, embora de maneira diferente. Combater esses mitos é fundamental para garantir diagnóstico adequado, acesso a tratamento e acolhimento social.
Como transformar o superfoco em potencial?
Quando compreendido e orientado, o superfoco pode se tornar uma ferramenta poderosa para alcançar alto desempenho. Estratégias como organização da rotina, uso de lembretes visuais, divisão de tarefas em etapas menores e criação de ambientes livres de distrações ajudam a canalizar o foco de forma mais produtiva. Reconhecer padrões emocionais e gatilhos contribui para melhor gerenciamento do tempo e das prioridades.
Estabelecer rotinas previsíveis, utilizar técnicas de gestão do tempo e adotar ferramentas digitais de organização são medidas eficazes para melhorar o controle da atenção. Atividades físicas, alimentação equilibrada e práticas de regulação emocional, como mindfulness, também auxiliam na estabilidade cognitiva. Conforme reforça Alexandre Costa Pedrosa, o equilíbrio entre foco e dispersão não ocorre espontaneamente, mas por meio de práticas consistentes que fortalecem a consciência sobre o próprio funcionamento.
Em suma, Alexandre Costa Pedrosa enfatiza que o TDAH não é sinônimo de desatenção crônica, mas de um padrão singular que envolve tanto desafios quanto grandes potenciais. Quando o superfoco é compreendido e trabalhado de forma estratégica, pode se tornar um diferencial poderoso em diversas áreas da vida. A conscientização sobre o tema é essencial para desmistificar preconceitos, promover acolhimento e oferecer caminhos reais para que cada indivíduo alcance seu melhor.
Autor: Fred Delgadillo