A presença feminina no agronegócio tem se fortalecido nos últimos anos, com destaque para o protagonismo das mulheres no ambiente cooperativista. Tradicionalmente associadas às atividades de apoio ou gestão doméstica no campo, elas vêm assumindo funções estratégicas e de liderança nas cooperativas rurais, contribuindo diretamente para a produtividade, inovação e sustentabilidade dessas organizações. Segundo o empresário Aldo Vendramin, o empoderamento feminino nas cooperativas não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia inteligente para o fortalecimento do agronegócio brasileiro.
A valorização da atuação feminina nas cooperativas reflete uma mudança de paradigma: mulheres estão ocupando espaços de decisão, gerindo negócios, liderando projetos e promovendo transformações relevantes nas comunidades rurais. Ao conquistar mais visibilidade e voz ativa, elas tornam-se peças-chave no desenvolvimento econômico local.
O papel das mulheres no crescimento das cooperativas rurais
A atuação das mulheres nas cooperativas rurais vai muito além das tarefas administrativas. Em diversas regiões do país, elas lideram iniciativas voltadas à agregação de valor, comercialização de produtos, práticas sustentáveis e promoção da agricultura familiar. A sensibilidade para o cuidado com o meio ambiente, a organização comunitária e o olhar estratégico para o futuro são marcas da gestão feminina.

De acordo com Aldo Vendramin, a inclusão de mulheres nos conselhos e diretorias das cooperativas tem gerado impactos positivos na governança, na transparência e na diversificação das atividades. Elas contribuem com uma visão mais participativa e colaborativa, essencial para a sustentabilidade institucional e para o engajamento dos cooperados.
Educação, capacitação e empreendedorismo feminino no campo
O avanço das mulheres no cooperativismo está fortemente ligado ao acesso à educação e à formação profissional. Programas de capacitação específicos para lideranças femininas têm sido fundamentais para ampliar a atuação das mulheres em áreas como gestão financeira, comercialização, tecnologia e inovação no agro.
Conforme aponta Aldo Vendramin, investir em educação é um dos caminhos mais eficazes para romper ciclos de exclusão no meio rural. Mulheres bem preparadas ampliam sua autonomia econômica, assumem novos papéis dentro das cooperativas e tornam-se multiplicadoras de conhecimento em suas comunidades. O resultado é um ambiente mais justo, produtivo e inovador.
Impactos sociais e econômicos da presença feminina nas cooperativas
O fortalecimento da presença feminina nas cooperativas rurais não gera apenas benefícios internos. Há reflexos diretos na economia local, na segurança alimentar e na qualidade de vida das famílias envolvidas. Mulheres têm papel central na gestão dos lares e no cuidado com os filhos, e quando ocupam posições de decisão, tendem a reinvestir parte significativa da renda em saúde, educação e bem-estar coletivo.
Além disso, a participação ativa das mulheres no cooperativismo contribui para a redução das desigualdades de gênero no campo, fortalece a autonomia das comunidades e estimula a criação de redes de apoio entre produtoras. Esse modelo inclusivo e solidário promove uma nova forma de fazer agro, mais diversa e resiliente. A representatividade feminina nas cooperativas também é uma resposta direta às exigências contemporâneas de sustentabilidade, diversidade e responsabilidade social.
Desafios e caminhos para ampliar a liderança feminina
Apesar dos avanços, ainda existem obstáculos a serem superados. Em muitas regiões, o machismo estrutural e a divisão desigual do trabalho doméstico ainda limitam a atuação plena das mulheres no ambiente cooperativo. A ausência de políticas específicas, a baixa representatividade em cargos de liderança e a dificuldade de acesso ao crédito também são entraves frequentes.
No entanto, iniciativas públicas e privadas voltadas ao incentivo da liderança feminina, criação de núcleos de mulheres cooperativistas e fomento à organização coletiva têm demonstrado resultados positivos. A experiência do senhor Aldo Vendramin reforça que o reconhecimento do valor das mulheres no campo deve ser contínuo e institucionalizado. Apoiar essa transformação é garantir a construção de um futuro mais justo, inovador e equilibrado no setor agrícola.
Autor: Fred Delgadillo