Seus direitos em contratos bancários começam pela informação clara, pela transparência e pelo controle das obrigações assumidas com instituições financeiras. Para Kelsem Ricardo Rios Lima, o caminho para evitar abusos passa por ler com método, comparar custos, exigir documentação completa e registrar toda comunicação. A boa prática exige conferir taxas efetivas, prazos, seguros vinculados e serviços realmente prestados, sempre verificando a base legal de cada encargo.
Assim, o consumidor reduz incertezas, antecipa riscos e protege seu orçamento. Além disso, cláusulas de vencimento antecipado, capitalização indevida e cobranças por “pacotes” não solicitados precisam de atenção redobrada, com contestação formal quando necessário. Prossiga a leitura e veja mais sobre esse tópico:
Seus direitos em contratos bancários: identificar tarifas abusivas antes da assinatura
A primeira defesa é a análise comparativa do Custo Efetivo Total (CET), que reúne juros, tarifas, seguros e tributos. Exija planilha detalhada e verifique se há cobranças por abertura de crédito, emissão de boleto, avaliação de bem ou serviços sem comprovação concreta. Tarifas devem corresponder a uma prestação efetiva e pontual; se o banco não demonstra o serviço, há indício de abusividade. Compare simuladores de instituições diferentes, priorizando a taxa efetiva ao mês e ao ano, e não apenas a parcela.
De acordo com Kelsem Ricardo Rios Lima, a leitura atenta do contrato e do quadro-resumo evita surpresas futuras. Verifique a periodicidade dos juros, a forma de atualização e se existe capitalização com periodicidade inferior à anual sem base legal. Observe cláusulas de “serviços agregados” que, na prática, replicam cobranças já remuneradas por juros. Cheque a política de cobrança por canais de atendimento: atendimento digital não deve gerar tarifas redundantes.
Como contestar cláusulas ilegais e renegociar
Quando identificar cobrança indevida, abra chamado formal no banco, apresente a planilha com os itens questionados e solicite revisão por escrito. A via administrativa inclui ouvidoria e plataformas públicas de mediação, onde prazos de resposta costumam ser mais curtos e auditáveis. Em paralelo, reúna extratos, comprovantes e o contrato assinado, destacando itens divergentes do quadro-resumo. Se houver negativa, considere avaliação técnica para mensurar valores pagos a maior e calcular devoluções em forma simples.

Conforme apresenta Kelsem Ricardo Rios Lima, renegociar com dados é mais eficiente do que discutir por opiniões. Leve contraproposta com taxa-alvo compatível ao seu perfil de risco e ao mercado, proponha alongar prazo sem aumentar o CET e solicite retirada de pacotes de serviços desnecessários. Se o contrato inclui seguros não desejados, pleiteie cancelamento e restituição proporcional. Já em cartões e cheque especial, peça migração para linhas mais baratas e preveja cláusulas de quitação antecipada sem penalidade.
Prevenção contínua e mecanismos de prova
A prevenção não termina após a assinatura. Acompanhe mensalmente os lançamentos, comparando a fatura com o contrato. Divergências pequenas e recorrentes podem gerar perdas significativas ao longo do tempo. Use alertas automáticos para transações e extratos; configure limites e bloqueios preventivos; e atualize seus dados para receber notificações. Em financiamentos, confira a evolução do saldo devedor e a amortização efetiva.
Nesse sentido, assim como elucida Kelsem Ricardo Rios Lima, a qualidade da prova define o desfecho de muitas disputas. Mantenha arquivo organizado com contrato, propostas comerciais, planilhas de CET, mensagens, protocolos e gravações autorizadas de ligações. Ao registrar atendimentos, prefira canais que gerem número de protocolo e confirmação por e-mail. Em eventuais reclamações, apresente linha do tempo com datas, valores e fundamentos jurídicos objetivos, evitando alegações genéricas.
Informação, método e registro são suas melhores garantias
Conclui-se assim que, evitar tarifas abusivas e cláusulas ilegais depende de três pilares: informação completa, método de verificação e registro cuidadoso. Ao analisar o CET, exigir comprovação de serviços e questionar capitalizações indevidas, você transforma o contrato em instrumento de segurança, e não de surpresa. Segundo Kelsem Ricardo Rios Lima, a contestação formal, amparada por documentos e cronologia, costuma produzir renegociações mais justas e reduzir perdas.
Autor: Fred Delgadillo